População de Parauapebas, PA, sofre com racionamento de água

Água tratada só tem capacidade de atender metade da população.
Rodízio deve continuar até a construção da terceira estação de tratamento.


A população de Parauapebas, no sudeste paraense, sofre com o racionamento de água. A água tratada é distribuída para metade da cidade durante o dia, e durante a noite para a outra metade.
Parauapebas tem atualmente uma população estimada em 200 mil habitantes. A água que chega para os moradores vem do rio que tem o mesmo nome da cidade, e é tratada na estação municipal, construída na década de 1980.
De acordo com o gestor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (Saaep), Gesmar Costa, o racionamento vai continuar. “Hoje nós já diminuímos 70% desse rodízio, mas ainda tem 30% [da cidade] que trabalha com o rodízio e vai continuar assim”, afirma.
A dona de casa Maria de Lourdes mora em um dos bairros onde a agua só chega uma vez por dia. “Tem vezes que vem pela manhã, tem vezes que só chega a tarde ou a noite. Não tem horário fixo para [a água] chegar”, explica.
Com a falta de água constante, alguns moradores precisam recorrer a poços artesanais construídos nos quintais de casa. “Essa água é só para tomar banho e lavar louça, porque para cozinhar e beber ela não presta”, desabafa uma das moradoras.
Dez caminhões pipas levam água para os bairros onde a rede de distribuição ainda não chegou. “A gente tem que ter jogo de cintura para poder tocar a vida aqui. A questão da água é realmente muito grave”, conta Nildomar Costa, morador que depende do abastecimento feito pelos caminhões pipa.
Para amenizar o problema, uma nova estação de tratamento de água foi projetada. A obra começou em 2009, mas só foi colocada em funcionamento no último mês de junho, e com apenas 80% da capacidade. A água tratada na nova estação deve atender 60 mil moradores.
Segundo o Saaep, mesmo as duas estações funcionando em capacidade máxima não serão o suficiente para atender a população o dia todo. Por isso existe um projeto para construir uma terceira estação de tratamento de água. “Essa estação é para atender os bairros que atualmente a gente denomina carinhosamente como bairros novos, que têm poço artesiano, mas a parte velha da cidade vai continuar sendo assistida por essas duas estações de tratamento”, explica o gestor da Saaep, Gesmar Costa.
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fonte-G1